quinta-feira, 24 de março de 2011

e esse desassossego.


Desassossego
Angústia poucas vezes sentida
ardente começo,doloroso fim
em novo ciclo, conhecido e velho
que afaga e dói.
Que como se a música voltasse
e despertasse
tudo o que de vil e ardente
luto para manter quedo.
Impertinente silêncio forçado
que ecoa e destrói,
que rasga o som
que me fere dentro.
E a música volta
e deixa o tumulto,
o rasto da inquietude
me arranca o brado selvagem
de quem se divide,
de quem parte, de quem se perde.
E a música é punhal.
e a música é loucura,
o vento em desassossego,
a Alma que transborda,
que vive e porque vive sangra.
Bebo o sangue vivo,
e deixo-me embriagar
no desalinho do cabelo solto,
ritmado pelo vento,
dançante, rodopiante, inquietante.
Como a espuma das ondas do mar,
a música vai
e vem…
Vem ..


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